sexta-feira, 6 de novembro de 2015

COSTA DO MARFIM


 COSTA DO MARFIM

  
 A Costa do Marfim é situada no Oeste da África, tem uma superfície de 322.462 quilômetros quadrados, que representa 1% de todo o continente africano, ou seja, o equivalente ao Estado do Maranhão ou de Goiás. Delimitada ao sul pelo Oceano Atlântico, ela tem fronteiras no oeste com a Libéria e a República de Guiné, no norte com o Mali e o Burkina Faso, no leste com Gana.  


                                

CULTURA

Costa do Marfim ou Côte d'Ivoire (em francês, idioma oficial do país) foi colônia francesa. Na época os europeus buscavam mercado consumidor e matéria-prima para suas fábricas e para seus produtos manufaturados. Então foi feita a "Partilha da África", onde alguns países europeus ficaram com partes da continente.

A Costa do Marfim é o maior produtor e exportador de cacau do mundo. Entre os principais produtos de exportação estão: banana, abacaxi, café e, até a segunda metade do século XX, era o maior explorador de marfim, daí o nome do país.

O país conta com paisagens e lugares bem diferenciados no seu território. O norte montanhoso com cidades como Odienne, Korhogo e o Parque Nacional da Komoe deixa passo à savana arbórea com localidades como Man, Daloa e Yamoussoukro (capital) até chegar à costa com Abidjan e Grand Bassam.

A capital é um centro universitário de grande importância, além de ser o lugar de nascimento do atual presidente da República. Destacam o Palácio Presidencial, a monumental Mesquita, o Parque Nacional de Marahoué, a Basílica de Nossa Senhora da Paz e o Lago dos crocodilos, chamado assim porque lá moram estes répteis considerados sagrados.

Não preciso nem comentar que a cultura marfinês é riquíssima, né?! São mais de sessenta grupos étnicos, é um inesgotável tesouro de tradições, com várias danças, máscaras, cores, sons e músicas... Os espetáculos mais importantes do país são: festa das gerações nas aldeias Ebrié, Goli e Zaouli, no centro do país; festa das máscaras a Guiglo, o Niyogu a Boundiali, Koman a Odienné, o Homem de Perna de Pau ou a Dança da Faca a Man, os ritos e cerimônias dos reinados Indénié e Abron, cuidadosamente seguidos.torcedores abidja costa marfim reuters 20100618 HG Costa do Marfim tem uma cultura muito ricaEstas manifestações são únicas. Elas só podem ser vistas em Côte d'Ivoire e mostram plenamente tanto o folclore quanto o artesanato, nas estátuas e máscaras.Se você for visitar alguma cidade deste país, vai se deparar com aldeias cheias de charme e hotelzinhos perdidos na natureza, propícios para relaxar e esquecer da vida. Agora se o que você quer é estar em contato com a natureza visite todo o continente africano, pois por lá é fácil ver elefantes, búfalos, girafas, macacos, leões...todos em reservas ambientais. Existem no país florestas primárias únicas, registradas no patrimônio mundial.

Outra característica de lá são as dezenas de quilômetros de oceano de águas mornas o ano inteiro localizada na região sul. Destaque para Sassandra, mais conhecida por suas praias paradisíacas, é na verdade uma idílica vila de pescadores da etnia Fanti, onde se pode degustar o melhor Bangui, um vinho feito de uma palmeira local. E, falando em degustar...na culinária marfinês o destaque é para a yassa, uma espécie de manjar à base de frango com molho de cebola, limão e pimentões e servido com arroz fervido. Parece bom, né? 

                  PRINCIPAIS AUTORES

  Ahmadou Kourouma

 

Biografia:

Nascido em 1927, em Boundiali, norte da Costa do Marfim, Ahmadou Kourouma era de origem malinké, uma das várias etnias presente em diferentes países no oeste da África. Ahmadou significa "guerreiro" na língua malinké. Educado por um de seus tios, ele deu seqüência a seus estudos em Bamako em Mali. De 1950 a 1954 (durante a colonização francesa), ele foi tirailleur sénégalais (corporação do exército francês composta por soldados recrutado nas colônias francesas no oeste da África) na Indochina, antes de se mudar para a França para estudar matemática em Lyon

Em 1960, após a independência da Costa do Marfim, ele voltou a viver em seu país natal, porém começou rapidamente a ficar descontente com o regime do presidente Félix Houphouët-Boigny. Kourouma esteve preso antes de partir para o exílio em diversos países como Argélia, de 1964 a 1969, em Camarões, de 1974 a 1984, no Togo, de 1984 a 1994, antes de retornar à Costa do Marfim.

Em 1970, Kourouma publicou seu primeiro romance Les soleils des indépendances (Os Sóis da independência) que traz um olhar bastante crítico sobre os governos posteriores ao fim da colonização. Vinte anos depois, ele publicou seu segundo livro Monnè, outrages et défis (Monnè, ultrajes e desafios), onde ele retrata um período da era colonial. Em 1994, ele publica En attendant le vote des bêtes sauvages (A espera do voto das bestas selvagens), que narra a história de um caçador da "tribo dos homens nus" que se torna ditador (nesse livro pode-se reconhecer facilmente a figura do presidente togolense Gnassingbé Eyadéma). Com En attendant..., ele venceu o Prix du Livre Inter (Prêmio literário criado em 1975 concedido anualmente pela Rádio France Inter a obras escritas em francês). Em 2000, é publicado Allah n’est pas obligé (tradução literal: Alá não é obrigado, título no Brasil: Alá e as crianças soldados) que narra a história de uma criança maliké que, após a morte de sua mãe, parte para a Libéria em busca de sua tia e, no meio do caminho, acaba se tornado uma criança soldado. Com esse livro Kouruma ganhou os prêmios Renaudot (importante prêmio literário francê criado em 1926 por jornalistas e críticos literários) e Prix Goncourt des lycéens (prêmio de literatura francesa criado pela Fnac em 1988).

Em setembro de 2002, a guerra civil eclodiu na Costa do Marfim, ele tomou posição contra os Ivoirité (cerca de um terço da população do país com uma identidade cultural comum, formada essencialmente por estrangeiros) e em favor da restauração da paz em seu país. "Uma extravagância que nos conduzirá ao caos" disse na ocasião. Ele foi acusado pelos jornais partidários do presidente Laurent Gbagbo de apoiar os rebeldes do norte.

Ahmadou Kourouma morreu em 2003, nessa época ele estava trabalhando no romance Quand on refuse on dit non (Quando se recusa se diz não), uma seqüência de Allah n'est pas obligé, que narra a volta de Birahima, a criança-soldado do romance anterior, , que retornando à vida civil à Daloa na Costa do Marfim e vive o conflito costa-marfinense. O livro foi editado após a sua morte.

Em 2004, o Salão Internacional do Livro instituiu o prêmio Ahmadou Kourouma para laurear romances ou ensaios sobre a áfrica negra.

Bibliografia:

Teatro
    1972 Tougnantigui ou le Diseur de vérité

Romances

    1968 Os sóis das indepdendências - no original Les Soleils des indépendances
    1990 Monnè, outrages et défis
    1994 En attendant le vote des bêtes sauvages
   2000 Alá e as crianças-soldados (título no Brasil) ou Alá não é obrigado (título em Portugal) - no original Allah n’est pas obligé
    2004 Quand on refuse on dit non

Livros para crianças

    1998 Yacouba, chasseur africain
    2000 Le griot, homme de parole
    2000 Le chasseur, héros africain
    2000 Le forgeron, homme de savoir
    2000 Prince, suzerain actif

                          

 

  Marquerite Abouet

 

Biografia:

Marguerite Abouet nasceu em Yopougon, Abidjan, em 1971.
Aos 12 anos deixou a Costa do Marfim para prosseguir os seus estudos em Paris, França. Aí ela passa por vários setores profissionais, sem que tenha encontrado editor para os seus romances que escreve nos tempos livres. Deixando o seu último trabalho como assistente jurídica, dedica-se finalmente à escrita com a publicação de Aya de Yopougon em parceria com o desenhador Clément Oubrerie, seu marido, na qual dá forma ao personagem Aya.
Vive neste momento em Romainville, nos arredores de Paris.

TRABALHO DO GRUPO:

Daniel Medeiros - 6
Gabriel Albuquerque - 11
Jaqueline Nobre - 15
Joyce Gomes - 18
Kely Gomes - 22

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